O mais estranho de passar 60 dias sem escrever, sem alimentar meu vício expositivo de pensamentos lucubriantes, é pensar em excesso neles. Várias coisas aconteceram nesses dois meses, outro corte de cabelo está incluso nesse meio. Me peguei numa crise criativa onde só funciono nas madrugadas de insônia e como precisava dormir para cumprir compromissos que se tornaram objetivos, o blog acabou ficando entregue às moscas.
Nesse período pós
greve das Instituições Federais de Ensino Superior me vejo sem meu tão querido
e amado período de ócio, logo minha estadia em frente do laptop vai se tornar
um pouco rara. Juro que tento criar uma rotina de escrever todas as semanas,
mas só consigo tempo livre para escrever a cada 15 dias. E talvez essa seja a
maior das minhas frustrações.
O excesso de
expectativas sempre foi meu ponto fraco, sempre faço exercícios de
auto-controle e conhecimento para não alimentar tanto esse tipo de impulsividade,
porque para mim o pior sentimento que existe é o de falhar em algo que desejei muito.
É uma busca constante de racionalidade dentro de um ser altamente emocional,
Eu.
Nunca consegui
fazer uma retrospectiva dos acontecimentos do meu ano sem olhar chorosa para
eles, não sou boa com isso. Mas esse ano posso dizer as mudanças na minha vida
foram tão loucas, impulsivas e não planejadas que me fazem olhar pra trás,
gargalhar e pensar que definitivamente minha vida foi baseada num Mangá.
Babado, correria e confusão são palavras que caracterizam bem minha
retrospectiva para 2012.
Daí vocês devem tá
achando que eu sou excêntrica por estar pensando em retrospectivas já na
primeira quinzena de dezembro, mas apesar de (posarem de) céticos os
historiadores não são tão descrentes assim e como eu faço parte do time que tá
pouco ligando se o mundo vai acabar dia 21/12/12 preferi me antecipar/prevenir
e deixar minhas considerações finais para esse ano excêntrico. (risos)
Não estar ligando
pro (suposto) fim do mundo é a ponta do iceberg pra quem não tá ligando pra
muita coisa. Uma fase de egoísmo saudável para quem sempre se importou muito
com a opinião de terceiros e sempre colocava a sociedade inteira na frente das
suas necessidades/desejos. O egoísmo é uma característica humana de defesa
altamente necessária, mas quando utilizado de modo errado se torna uma falha de
caráter e algo capaz de destruir toda a construção social ao redor do
individuo.
Não pensem que por
estar serelepe e saltitante nas terras do egoísmo eu concorde que ele seja
justificativa para atos errôneos de plena sobriedade e consciência Meu egoísmo
é um crescimento pessoal de me doar menos e me preservar mais, mas tem muita
gente que manipula/brinca com os sentimentos alheios e acha bonito ser assim.
Estava com saudades disso aqui, lembrem-se: um ex-gordo vê o
mundo diferente de um magro.
Até a próxima postagem.