Há
pouco tempo participei de um evento de programação para garotas (Rails Girls)
onde os coachs em sua maioria eram ‘garotos’. No primeiro dia do evento foram
feitas as instalações dos programas que seriam utilizados e o motivo pelo qual
seria um evento destinado a garotas (fotos aqui).
Como
eu sempre falo, minhas mãe é a culpada (ou não) por esse excesso de
características na minha personalidade e vocês devem estar se perguntando o que
eu, uma aluna de História, estaria fazendo em um evento de T.I.. Ela trabalha em uma empresa de tecnologia, ganhei meu primeiro
desktop aos 7 anos e aos 11 anos achava divertido brincar no comando e invadir
o pc alheio, até hoje não sei o motivo pelo qual decidi prestar meu primeiro
vestibular para medicina, o segundo para jornalismo e como pegadinha do destino
estou cursando História.
Inserindo
o termo ‘tecnopata’ (um fofo e amante de tecnologia, risos) na minha
personalidade, que justifica bem a razão de aprender programar ruby, parei para
pensar sobre técnicas de condicionamento da mente animal. A psicologia é a boa
e velha ferramente que usamos para programar o mundo a nossa volta, para tudo
enviamos um estímulo e recebemos uma resposta (behaviorismo). Facilitando
a vida de vocês, é algo similar a 3ª lei de Newton.
Acontecimentos
(não tão) recentes de “entra em greve” e “sai da greve” desorganizaram meus
planos de estudos/postagem/vida e nesse período de 4 meses eu tive a
oportunidade de aprender um pouco sobre Filosofia da Arte, em que meu principal
interesse é na ideia de corpo que se tem dentro de uma sociedade.
Presa
entre realismos, relativismos e ativismos caminho na direção em que mente e
corpo podem e devem trabalhar em conjunto. Deixe-me explicar melhor;
desconstruindo a ideia de que uma pessoa só pode ser inteligente se ela possuir
um corpo fora dos padrões de beleza e se não usar roupas (dita) moda, nós
quebramos um conceito de condicionamento social e passamos a admitir que o
corpo pode possuir características padrões mesmo se a pessoa for (considerada)
intelectual.
Sendo
assim, é normal que eu expresse meu desejo de ter pernas de “panicat” (sendo
modesta, haha), o problema é só programar meu cérebro para que ele entenda que
estou pagando uma mensalidade na academia para ir apenas nas segundas.
Como
não é fácil uma (auto)programação, sempre vai existir espaço para a
(auto)sabotagem. É exatamente aqui que você (no caso, eu) precisa jogar aquele
spray de água (condicionamento animal) ou choquinho elétrico em você mesmo. É
colocar a mão na consciência e pensar nas vantagens que você terá ao parar de
se sabotar, no meu caso vou deixar de ter pernas de gelatina para ter pernas de
panicat.
Lembrem-se: um
ex-gordo vê o mundo diferente de um magro.
Até
a próxima postagem.